GABRIELA PERUFO | DIÁRIO DE SANTA MARIA
Setecentos militares irão reforçar a operação para a pacificação do complexo da Maré
Para reforçar a missão de pacificar o complexo de favelas da Maré, 700 militares embarcaram ao meio-dia dessa terça-feira de Santa Maria, em 19 ônibus, com destino ao Rio de Janeiro.
Da tropa de 2,5 mil militares e fuzileiros navais que compõe a Força de Pacificação, cerca de 800 integram a 3ª Divisão do Exército, com sede em Santa Maria. Os outros que participam da operação São Francisco 2 já estão no Rio.
– Foram sete semanas e meia de treinamento para a missão de pacificação. Essa intervenção na segurança pública é um trabalho totalmente diferente, é uma necessidade para manter a ordem. Eles só devem responder ao fogo na iminência de sofrer baixa – explica o comandante militar do Sul, general Antônio Martins Mourão.
Os militares devem dispor de equipamentos de alta tecnologia durante a missão: além dos blindados Guaranis, terão mísseis mais ágeis e fuzis com miras holográficas. A missão no complexo da Maré – que reúne 15 favelas e onde moram quase 130 mil pessoas – será até 31 de julho (veja no quadro).
DESPEDIDA E EMOÇÃO NO ADEUS A FAMILIARES
Uma solenidade marcou a despedida do grupo na terça-feira, no 29º Batalhão de Infantaria Blindado. Na ocasião, os familiares puderam se despedir dos militares.
A pequena Maria Luiza, quatro anos, não economizou nos beijos e abraços ao pai, o segundo sargento Adriano Soares da Silva. Acompanhada da mãe, Daiana Portella, 32 anos, a menina tirou várias fotos antes da viagem.
Aline Pacheco, 18 anos, também aproveitou o momento para fazer fotos ao lado do marido, Lairson de Moraes Charão, 22 anos. Ela está grávida de um mês do primeiro filho do casal.
– A gente ainda não sabe direito como vai ser para se falar, mas vou ficar esperando contato dele por telefone e pela internet para matar a saudade – afirma.
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