quarta-feira, 24 de junho de 2015

EXÉRCITO BRASILEIRO TEM TECNOLOGIA PARA COMBATER TERRORISMO

O SUL 24 de junho de 2015 5:17



Exército brasileiro já tem tecnologia para combater terrorismo nos Jogos Olímpicos em nosso País


Exército se prepara para ataques terroristas e com armas químicas. (Foto: Reprodução)



Preparando-se para um desafio sem precedentes no Brasil, as Forças Armadas intensificaram os treinamentos para conter e prevenir possíveis ataques terroristas com armas químicas, nucleares, bacteriológicas e radiológicas nos Jogos Olímpicos e Paralimpícos no Rio de Janeiro, em 2016.

Só o Exército, através do 1° Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear, conta com pelo menos 400 homens treinados para a localização e varreduras de agentes químicos e descontaminação de ambiente e pessoas, além de resgates de vítimas. Laboratórios e equipamentos, únicos na América Latina, orçados em mais de 60 milhões de reais, são testados diariamente, há oito meses, nas unidades militares.

Segundo a assessoria de imprensa do Comando Militar do Leste, a tarefa de proteger contra atentados não convencionais – hipóteses consideradas altas, uma vez que o País receberá visitantes de mais de 200 nações – obedecerá a protocolos de padrões internacionais rigorosos, como os que vêm sendo empregados no exterior em relação às organizações mais temidas do planeta, entre elas a Al Qaeda e o EI (Estado Islâmico). O efetivo recebe instruções de especialistas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) e da Organização para Proibição de Armas Químicas.

A tecnologia será a principal aliada de cabos e soldados contra os chamados ataques de bombas sujas. A atenção maior será voltada para aeroportos e para as 158 principais instalações de competição e hospedagens das delegações internacionais.

Três laboratórios móveis de análises químicas e biológicas serão instrumentos destacados contra o terrorismo. Além disso, o Exército contará com o Scanning Infrared Gas Imaging, equipamento de monitoração e identificação de substâncias perigosas. Operado por controle remoto, o dispositivo identifica qualquer elemento químico ameaçador a uma distância de 5 quilômetros.

Bactérias e medo

Entre os agentes biológicos, a atenção das tropas está voltada para as seguintes substâncias: Antraz (bactéria que mata em 100% dos infectados), Botulismo (forma de intoxicação alimentar altamente fatal), Ricina (substância que se ingerida ou inalada, leva a vítima à morte entre 24h e 72h), Varíola, Tularemia (que causa úlceras severas na pele), Brucelose (Febre de Malta), Coxiella Brunetii (conhecida como Febre Q, desenvolve pneumonia, hepatite ou febre prolongada, com morte em 70% dos casos), E. Coli O157 H7 (colite hemorrágica), Salmonella (febre tifoide) e Peste Bubônica. (AD)