terça-feira, 19 de maio de 2015

BANDIDOS ATACAM SOLDADOS DA RONDA DO QG DO COMANDO MILITAR DO SUL




ZERO HORA 19 de maio de 2015 | N° 18167. 

EXÉRCITO. Soldados são atacados por ladrões na Capital


Por volta das 21h de domingo, dois homens em uma moto abordaram dois soldados que faziam a guarda externa do Quartel General do Comando Militar do Sul, na Rua dos Andradas, centro da Capital. O objetivo era roubar as pistolas 9 mm dos militares.

A ação, no entanto, foi flagrada pela dupla de sentinelas que controlava o outro lado do prédio. Ao perceberem o reforço, os criminosos abandonaram a moto e fugiram a pé pelas ruas do Centro, perseguidos pelos soldados. 

Sem ter para onde fugir, os bandidos acabaram invadindo um ônibus da linha Praia de Belas, na Avenida Mauá. Eles renderam o motorista e o jogaram para fora do veículo. Nesse momento, os militares atiraram contra o coletivo. 

De acordo com a Polícia Federal, responsável pela perícia inicial, foram disparados 15 tiros. No momento, havia oito passageiros no veículo, além do cobrador. Nenhum deles se feriu. Os criminosos conseguiram escapar e fugiram a pé em direção à Usina do Gasômetro.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

CORTE DE GASTO OPERAÇÃO ÁGATA



ZERO HORA 06 de maio de 2015 | N° 18154


JOSÉ LUÍS COSTA


Exército cancela ação na fronteira do Estado


VERBA 40% MENOR causa suspensão no RS e em SC de ofensiva contra tráfico de drogas e armas


A crise financeira que o levou o governo federal a enxugar o orçamento da União poderá reduzir em 40% as verbas para o Exército em 2015. Uma das consequências é a suspensão de ações de fronteira no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, afetando o combate ao ingresso de drogas.

O tema preocupa o Comando Militar do Sul (CMS), que atua em uma faixa de 2,4 mil quilômetros nos limites com Argentina, Uruguai e Paraguai – principal “exportador” de maconha para o Brasil.

– Com menos recursos, treinaremos menos, estaremos menos capacitados e com menos verba para manutenção. É como uma bola de neve – lamentou o general de Exército Antônio Hamilton Martins Mourão, comandante do CMS, em encontro com jornalistas na manhã de ontem na Capital.

O CMS definiu que a nona edição da Operação Ágata será realizada apenas no Paraná. Criada em 2011, é uma das principais ofensivas das Forças Armadas em parceria de 13 ministérios com 20 organismos, como Receita Federal e Polícia Federal, para reprimir o tráfico de drogas e de armas na fronteira com 10 países.

Questionado sobre o impacto da medida no combate ao tráfico no Estado, o general disse que pretende reforçar outras ações, como a Operação Fronteira Sul, contando com efetivos menores, alocados nas cidades fronteiriças.

– Ficamos sem capacidade de cumprir uma parcela das atividades. Mas é importante destacar que a missão do Exército neste processo é secundária, esporádica. O combate às drogas é uma questão de saúde pública, de investimentos em comunidades e também está ligado aos organismos de segurança pública. O Estado tem de agir como um todo. Se não fizer isso, vamos enxugar gelo indefinidamente – enfatizou Mourão.

DESPESAS DE CUSTEIO DEVEM PERDER R$ 880 MILHÕES


O corte deve tirar dos cofres do Exército R$ 880 milhões dos R$ 2,2 bilhões até então previstos para despesas de custeio neste ano nos oito comandos regionais. O governo federal também incorporou ao orçamento cerca de R$ 190 milhões relativos a receitas próprias do Exército.

A redefinição de gastos em cada comando será decidida em uma reunião da cúpula, na próxima semana, em Brasília. Alimentação, saúde e material de consumo como fardamento são prioridades. O CMS estuda medidas como redução do horário de expediente para gastar menos com água e luz.